5.11.11

Dia do designer!

Bom, antes de começar o post eu quero parabenizar meu boy pelo dia do designer!
Aproveitando a data, hoje o post vai ser um recorte de uma entrevista que eu fiz o o designer Gustavo Chelles, proprietário de um dos principais escritórios de design do Brasil com sua sócia Romy Hayashi, o Chelles e Hayashi. Na entrevista Gustavo fala da popularização do design no Brasil e sua importância que vai muito além da estética.  O post está meio longo, mas vale a pena. Dá uma olhada:

A palavra design, que foi abrasileirada, significa desenho, e quem executa o design é o designer.  Essas palavras estão na boca do povo. Andando pelas ruas encontramos diversas placas publicitárias com designs e designers, mas será que esse uso exagerado está correto?

O senso comum costuma perceber o desenho industrial apenas pelas suas intervenções estéticas, e esquecem que a preocupação é unir a forma e a função do objeto. Esse conceito estético perpetuou por muito tempo, mas nos dias de hoje percebemos que esse setor deixa de estar presente apenas no mercado de luxo e invade também as outras fatias da sociedade.

Para o engenheiro e designer de produto Gustavo Chelles, a união das duas graduações, a engenharia e o desenho industrial, foi um passo importante para esse trabalho de popularização. Para ele, a formação ajudou a viabilizar certas soluções em indústrias conservadoras que acreditavam que o design fazia os produtos ficarem mais caros, o que atrapalharia a fábrica. “Ao apresentar os projetos numa forma bem próxima da linguagem da engenharia, conseguimos criar relações de parceria com a engenharia de novos clientes, nos permitindo adotar soluções mais audaciosas em mercados muito travados pelo medo de inovar”, explica.


Para Chelles, popularizar o design significa levar objetos de alto valor e do dia-a-dia, a preços que o tornem acessíveis a uma grande parcela da população. “Trabalhamos muito para a indústria Tigre desenvolvendo acessórios de banheiro de baixo custo que ajudam as pessoas que não tem dinheiro para azulejar suas paredes a ter um banheiro mais atrativo, com mais brilho”, exemplifica Chelles.


Produtos Tigre: www.design.ind.br/


O designer explica que o raciocínio de desenvolvimento de design para produtos de baixo custo não é diferente dos mais caros, é necessário que ele seja percebido com alto valor. Também precisa parecer moderno, robusto e tecnológico.

            Lavadora automática Línea: www.design.ind.br/


A principal diferença é que é necessário atingir esse resultado com investimentos mais baixos, número menor de peças, materiais menos nobres e limites apertados de matéria prima. “Para nós é bem mais trabalhoso fazer design para este segmento pelos limites que encontramos e pelo fato de que estas pessoas valorizam o design e buscam realização através dele”, nota Gustavo.

Além da popularização, o estúdio também apresenta uma notável preocupação ambiental e atitude sustentáveis. Buscam conhecimento técnico profundo de materiais e processos para realizar os projetos, e desde o início trabalham calculando o gasto de matéria prima e em como ela impactará o meio ambiente. “Uma coisa interessante é que baixo custo pode andar de mãos dadas com o baixo impacto ambiental. Ao reduzir o número de peças e de matéria prima para racionalização de custos, nós ao mesmo tempo estamos reduzindo a quantidade de resíduos. Além disso, muitos materiais de baixo custo que usamos têm uma cadeira de reciclagem bem desenvolvida”.

 Design de embalagens para Natura: www.design.ind.br/

 

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